terça-feira, julho 29, 2008

Sobe?

Uma das coisas que não entendo são pessoas que pegam o elevador pra subir um andar, UM ANDAR!!!
.
Que preguicite aguda é essa? Vai morrer se for de escada?
Idosos e obesos (não gordinhos) são a exceção à regra da minha indagação.

Trabalho (até o fim deste mês, pelo menos) no décimo andar de um prédio público, sente o drama...

São 19 andares (contado térreos e mezanino), sete elevadores, sendo que um é exclusivo para pessoas com bala na agulha (prefeitos e secretários).
São seis para serem divididos entre os pobres mortais comuns... nós servidores, os prestadores de serviço e os demais munícipes.
Três do lado direito e três do lado esquerdo, um deles atende a todos os andares, os outros dois se dividem entre os pares e os ímpares, todos atendem T1, T2, T3 e 1º andares. E todo dia tem um de cada lado em manutenção preventiva.

Quem trabalha em um dos Ts ou 1º andar sai no lucro... mais ou menos, porque se a opção for sempre o elevador, danou-se... ou chega uns 10 minutos mais cedo ou atrasou-se.

E mais uma vez eu pergunto: Porque não vai de escada???

Lá no décimo? Chá de cadeira!!!
Entre cinco e dez minutos de espera toda vez, o metrô vem mais rápido que o elevador, aliás o metrô te leva de uma estação a outra no tempo de espera do elevador... Ah que saudades do metrô!

No começo, quando a porta parava eu já ia ensaiando pra encarnar a personagem cobrador de lotação:

- Um passinho pro fundo, por favor, aí pessoal... aperta um pouquinho aí gente!

Pra minha surpresa... vazio!!!
Incrível, ele demora horas entre os andares, levando quem?
Ninguém!!!

Como é um prédio público às vezes me pergunto se são estes os tais funcionários fantasmas que os noticiários citam de vez em quando... será?

Mas também não é sempre assim, vai... vez ou outra você encontra umas duas pessoas no elevador.

Tem gente que aperta todos os andares quando entra... será claustrofobia? Tipo assim, tem que parar em todo andar pra perceber que o mundo não acabou, ainda existe ar fora desta caixa retangular de aço inox?

E quando você pega esse bendito com todas as luzes dos andares acesas, pois o babaca que apertou saiu antes... que raiva! Pior ainda quando alguém entra e acha que você que apertou e ta de bobo alegre passeando de elevador...

- Ow eu também trabalho! Não fui eu! Tô tão p da vida quanto você! Nem vem com esse olhar raivoso não, vai babar lá pra sua turma!

E os odores?
As vezes eu queria ter controle sobre minha caixa gástrica só pra pagar na mesma moeda, sabe?

- Olho por olho, flatulência por flatulência...

E se você vai subir, por que chama pelos dois sentidos?
Se o elevador está sempre vazio, relaxa vai caber você! Pra que abrir a porta sem necessidade, só pra você ter certeza que não tem ninguém?

Dois andares pra subir ou descer? Dá pra encarar a escada né?
Até eu em uma das fazes mais sedentárias da minha vida consigo...

Mas aprendi também que tem horário pro elevador vir rapidinho...
São 17h30? Vai 17h40 que... plim!
Horário da saída, não sobra ninguém aqui... nem os fantasmas do funcionalismo público!

- Desce?

sexta-feira, julho 25, 2008

desculpa

lamento Aty e outras pessoas, eu sou um canalha.
mas, vou usar seu blog pra me ajudar.

estou no final do meu mestrado e preciso de entrevistadores.

qual é a idéia? entre no interviewart.blogspot.com veja as obras e pergunte o que você quiser saber, qualquer coisa.

Aty, se você ficou muito puta me dá um toque. :)

Beijocas.

sexta-feira, julho 18, 2008

Entrevista

Recentemente passei por uma entrevista de trabalho, não é a primeira da minha vida, mas foi a primeira assim.
Já tinha ouvido falar em entrevistas, com dinâmica em grupo, teste psicológico e tal, mas em dias de QI – quem indica, achei que isso fazia parte dos primórdios, já estava ultrapassado, tipo curso de datilografia, existe... mas ninguém faz.
O cargo é para algo que na verdade estará apenas na carteira de trabalho, pois a função exercida será outra e ambos eu tenho uma vaga idéia do que deve ser feito, mas que o meu diploma atesta que posso exercer, pois aquilo teoricamente me foi ensinado na faculdade. Teoricamente mesmo, pois não lembro de ter aprendido...
Será que essa foi uma das várias aulas que perdi quando estava aprendendo a fazer trabalhando, na raça, o que deveria estar aprendendo em sala? Ou será que justo neste dia eu estava no bar? Também passei algumas aulas lá...
Mas tudo bem, aprendo rápido, já vi outras pessoas fazendo... nada que 15 minutos ou 15 dias não resolvam!
Enfim, estava eu lá, concorrendo a vaga com alguém que mora na mesma cidade da empresa, estava realmente desempregado, podendo começar imediatamente, não faz objeção ao baixo salário e tem 15 anos de experiência no cargo, naquele da função que constará na carteira, não que vai fazer de verdade.
Quando soube de tudo isso pensei em dar meia volta, e voltar para o meu emprego estável, com carteira assinada, benefícios, o dobro do salário oferecido, calmo e com pouca mão de obra a executar, afinal de contas o que eu estava fazendo ali?
Mas não, uma força estranha me fez ficar e enfrentar o teste, o que tenho tanto a perder?
Como assim? Pelo menos 50% do meu salário, e que já anda bem comprometido, que coisa... onde é que eu tô com a cabeça?
E a força estranha me disse em uma fração de segundos, acalme os ânimos analise a situação: Esse trabalho é na minha área, o atual não; Fica a 30 minutos da casa da minha mãe e 40 minutos da casa do meu pai, o atual no mínimo 3 horas e R$ 40 a mais por viagem; A remuneração é baixa, mas o custo de vida lá é menor; Tem chance de crescer, embora não tenham me prometido nada, a esperança é a ultima que morre; Só tenho 25 anos, e tenho a vida toda pela frente, pelo menos isso é o que sempre ouço como forma de incentivo... como assim, por ser jovem tenho obrigação de passar por perrenges? Ah para...
Enfim, negando aos meus instintos e não argumentando com a força estranha, continuei eu lá.
Tive que preencher uma ficha, com todos os dados que eles já tinham, afinal foi pelo meu currículo que entraram em contato comigo.
Depois uma folha de múltipla escolha onde iriam traçar o meu perfil, bizarro... as opções por linha eram praticamente equivalentes, e eu teria que escolher o que eu me identificava mais, e o que me identificava menos... atestado de ignorância, se sou mais “isso” como posso ser menos uma coisa que também significa “isso”?
Depois uma redação, essa parte foi tranqüila, não fosse pelo detalhe dos míseros 10 minutos para fazer. Ok feito!
Quase finalmente veio a psicóloga conversar com a gente, o meu concorrente estava nervoso desde o “oi” na sala de espera, eu não (ponto pra mim, eu acho), ele errou na múltipla escolha, gaguejava, no final das contas eu tava quase pedindo pra que a vaga fosse dele (acho que era isso que ele tinha em mente, boa tática... instigar a compaixão alheia). Ela veio com mais perguntas, em que você fica pensando no que responder, afinal ela estudou para te analisar, pra me garantir não menti... não muito. Mas acho que não deu pra esconder que eu babo e falo sozinha.
Finalmente a entrevista individual com quem vai ser o chefe, joguei limpo, disse o que sei ou não fazer, ele ficou me relembrando que não moro lá, que o salário é menor do que muita mesada de criança rica, que a função é chata e blá, blá, blá... e no final me perguntou: você quer mesmo a vaga? Foi aí que vesti meu melhor sorriso, como se aquilo fosse tudo que eu sempre quis na vida, disse "claro" e foi a minha vez dos blá, blá, blá.
- Ok, obrigado, na semana que vem entraremos em contato.

Sou a mais nova contratada!

quinta-feira, julho 17, 2008

Não, não pode.

Acho que me descobriram, agora não posso mais postar do trabalho...
Já era proibido, mas um belo dia tentei e consegui, a princípio só postar, depois ler outros blogs também.
Mas desde ontem que não rola mais, por isso a pausa aqui vai começar a ser maior, afinal era em meus momentos ociosos que a coisa fluia.

Não discordo do veto, ferramentas interneteanas (licença poética em caso de inexistência da palavra) sempre roubaram grande parte da minha atenção quando usadas em horário de trabalho, mas é que no momento não tenho tido muito o que fazer por isso a censura aumenta meu ócio e consequentemente o tédio, sendo assim abala a criatividade, ou seja, coisa chata isso!
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Por hora... Abaixo a repressão!!!

terça-feira, julho 15, 2008

FDS

Eu soube que teve 20 km de congestionamento no sábado para chegar em Paranapiacaba.
Isso me fez pensar, que caso alguém tenha aceitado a minha dica, deve ter ficado bem puto e por outro lado fiquei aliviada ao saber que, mesmo estando aqui, perderia de qualquer forma os shows que tanto queria ver e pelos quais fiquei lamentando sábado o dia todo.

Perdi os shows, mas não a animação e boas horas de risada no final de semana.

Bailão, rastapé, risca faca, balanga teta... é como chamam por lá, nunca foi minha primeira opção em coisas a fazer, mas como era a única fomos nós!

Chegando lá, uma das primeiras coisas que ouvi foi o créééu. Olhei pra um lado, olhei pra o outro, eu tava no lugar certo, ainda era o bailão.

Passada a fase funkeira do recinto, estavam de volta às músicas raiz... raiz?
Que raiz o que, aquilo tava é parecendo uma micareta louca com sanfona feita no teclado ao invés de percussão baiana, um gordinho e um magrelo feios ao invés de bailarinos sarados, cheia de senhores longe do que um dia foi a flor da idade.

E não é que a pegação rola solta? Até aí tudo bem, eu tava achando tudo lindo e engraçado, muito engraçado, também estava dançando, ao meu modo, fora do compasso, com os amigos (tem que se armar pra enfrentar o campo desconhecido), quando de repente...

Algo que lembrava o Beto Carrero (por causa do chapéu branco e um poncho) se aproximou, da safra alinhada, olhos claros, bem apessoado até, bonito até... até eu perceber que o alvo era eu.

- Dança comigo? (estendendo a mão).
- Não sei dançar. (dando um passo pra trás).
- Eu te ensino. (a mão ainda estendida)
- Vou pisar no seu pé, juro, sou péssima nisso. (olhando para o lado pedindo socorro aos amigos, com sinais previamente combinados, mas mantendo a simpatia).

Ufa... me salvaram, voltei ao meu canto e as gargalhadas, sendo que agora o alvo era eu.

E não é que o Sr Beto Carrero voltou.

- Cuba libre, ou smirnoff ice, o que você prefere?
- Não bebo. (mentira deslavada por questão de segurança).
- Gosta de cavalos?

Como assim? Algo como dote?
Cuba libre, smirnoff ice, e um mangalarga marchador?

Se ele fosse uns vinte e cinco anos mais novo o papo até poderia desenvolver, por hora...

- Caramba, está tarde, tenho que ir! (olhando pro relógio e procurando a rota de fuga mais curta, previamente traçada).

sábado, julho 12, 2008

Dica duplamente* Cultural

*Duplamente pelo local e pelas atrações...

Este é o primeiro final de semana de muita música no Festival de Inverno de Paranapiacaba.

Pra quem não conheçe, Paranapiacaba é uma vila histórica, pertencente a Santo André que em breve pode vir a ser patrimônio histórico e cultural da humanidade.

É um lugar muito bonito e calmo em dias normais, o que não é o caso desta semana, pois começa a oitava edição do festival, e entre as várias atrações deste sabádo estão Mariana Aydar e Seu Jorge.

Essa era a pedida pro meu fds, mas por motivo de força maior (e por enqto ocultas, rs) não poderei estar lá, mas se vc não tem nada programado, ainda dá tempo de fazer algo de útil!!! hehe

Dia 12 (hoje)

10h às 17h – EXPRESSO LAZER
12h – MIMI E REGIONALO - Largo dos Padeiros Rua Direita, s/nº
13h30 – CACURIÁ (GRUPO PÉ NO TERREIRO).Espaço Criança Rua Rymkiewicz, s/nº
14h – OTIS - Palco do Mercado Praça do Mercado, s/nº
14h – MIMI E REGIONAL Largo dos Padeiros Rua Direita, s/nº
14h – GRUPO CAMBOTA - Cortejo circense Itinerante
15h – MARIANA AYDAR E BANDA - Clube União Lyra Serrano Rua Antonio Olyntho, 450
15h – “ENCANTOS E DESENCONTROS DE CUMADRE FULOZINHA” (GRUPO BABADO DE CHITA) - Espaço Criança Rua Rymkiewicz, s/nº
16h – EDVALDO SANTANA E BANDAO - Palco do Mercado Praça do Mercado, s/nº
16h – MIMI E REGIONAL - Largo dos Padeiros Rua Direita, s/nº
16h – GRUPO CAMBOTA - Itinerante
17h – SEU JORGE E - Espaço Viradouro Rua da Estação, s/nº
18h – QUINZINHO OLIVEIRA E BANDA - Palco do Mercado Praça do Mercado, s/nº
19h – MULHERES DE ELDORADO - Espaço Criança Rua Rymkiewicz, s/nº
19h – RAUL DE SOUZA E BANDA NA TOCAIA - Clube União Lyra Serrano Rua Antonio Olyntho, 450
19h – BATUCADA FALADA - Largo dos Padeiros Rua Direita, s/nº
20h - ERICK VON ZIPPER - Palco do Mecado Praça do Mercado, s/nº
20h – IMPROVISO’S BAR CULTURALO - Grupos e BandasKAH-HUM-KAHA - BRANCO AUGUSTU - BANDA LARANJAO
21h – CLUBE DO BALANÇOO - Espaço Viradouro Rua da Estação, s/nº
21h – CINEMA. ESPECIAL NORMAN MACLAREN - Espaço Criança Rua Rymkiewicz, s/nº

Dia 13 (Amanhã)

10h às 17h – EXPRESSO LAZER - Espaço Criança Rua Rymkiewicz, s/nº
11h – NÚCLEO COMUNITÁRIO DE CERÂMICA DE PARANAPIACABA - Núcleo de Cerâmica
12h30 – CORAL INFANTIL DO SESI E CORAL DA CIDADE DE SANTO ANDRÉ - Clube União Lyra Serrano Rua Antonio Olyntho, 450
12h – JOCA 7 CORDAS CHOROS E SERESTASO - Largo dos Padeiros Rua Direita, s/nº
13h – BANDA LIRA DE SANTO ANDRÉA - Rua e Coreto do Lyra
13h30 – AS TRAPAÇAS DE UM CANGACEIRO (GRUPO BANDOLENGOS) - Espaço Criança Rua Rymkiewicz, s/nº
14h – WAGNER TISO & VICTOR BIGLIONEO - Espaço Viradouro Rua da Estação, s/nº
14h – UAFRO - Palco do Mecado Praça do Mercado, s/nº
14h – JOCA 7 CORDAS CHOROS E SERESTAS - Largo dos Padeiros Rua Direita, s/nº
14h – TOADAS A TROVADAS - Itinerantes
14h às 16h – NÚCLEO COMUNITÁRIO DE CERÂMICA DE PARANAPIACABA
15h – TAMBORES E CRENÇAS (CIA. DE ARTES DO BAQUE BOLADO) - Espaço Criança Rua Rymkiewicz, s/nº
16h – BANDA ISCA DE - Palco do Mecado Praça do Mercado, s/nº
16h – JOCA 7 CORDAS CHOROS E SERESTAS - Largo dos Padeiros Rua Direita, s/nº
16h – TOADAS A TROVADAS - Itinerantes
17h – ORQUESTRA SINFÔNICA DE SANTO ANDRÉ E MADEIRA DE VENTO - Clube União Lyra Serrano Rua Antonio Olyntho, 450
17h – TOADAS A TROVADAS - Núcleo de Cerâmica
18h – ISABELLA TAVIANI E BANDA - Espaço Viradouro Rua da Estação, s/nº
18h – GRUPO QUADRATURA - Palco do Mecado Praça do Mercado, s/nº

* Fotografia: Aty Sales

sexta-feira, julho 11, 2008

Apenas “pra não dizer que não falei das flores”

Dois se foram, dentre os quatro antes aqui ditos.
Parte por excesso de cuidado, parte por negligência (fifty-fifty).


Mea culpa.


quinta-feira, julho 10, 2008

Nada de bezerra

Em um de meus, não raros, momentos de olhar perdido ouvi aquela capciosa e nada criativa pegunta: "Pensando na morte da bezerra?".
Que nada, não que não faça isso, mas com tantas outras mortes acontecendo nem sobra mais tempo pra pensar nesta.
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Segunda-feira assisti o desabafo daquele pai, inconformado e com toda razão do mundo, falando sobre o assassinato brutal de seu perigosíssimo filho prestes a completar quatro anos de idade, confundido com bandidos, ocorrido no final de semana no Rio de Janeiro.

Assassinado, um garoto aos quatro anos, que estava na companhia de sua mãe e irmão menor. Assassinado, não por bandidos (não que se sim seria justificável) mas por policiais.
O carro foi metralhado por aqueles que, em teoria, são os responsáveis pela segurança daquele garoto, sua mãe e irmão.

Um domingo, uma mãe voltando pra casa depois de levar seus filhos a uma festinha é confundida com bandidos que estavam em carros com discrição diferente, uma rajada de tiros depois e foi-se embora seu filho, sem tempo de nada, nem de protege-lo e nem dizer adeus. Foi embora com medo.

Os policiais? Vão ficar setenta e duas horas presos administrativamente, contarão sua versão dos fatos de repente passem um pouco mais de tempo em uma cela confortável, criada só para gente de sua corporação, e quando a dor só continuar latente no peito daqueles que conheciam o garoto, sendo esquecida por nós (eu e você – brasileiros de memória curta), eles serão soltos e possivelmente voltarão as ruas pra nos proteger, eu e você – brasileiros de memória curta.

Aos pais, restam os recursos longos sem muita perspectiva de um resultado justo, as lembranças e o belo gesto na doação das córneas. Um consolo, onde se pode pensar que de alguma forma, ele verá novamente o brilho do sol, o mar...

Mas ainda faltará o sorriso, o abraço e sobrará saudade.

E nós... nos esqueceremos, como já fizemos com tantos outros, eu e você – brasileiros de memória curta.

quarta-feira, julho 09, 2008

Não estou, nem vou.

Pelo menos hoje você está livre dos meus textos pobres e pseudo-engraçadinhos, os quais nem ouso chamar de literatura e caso ousasse a chamaria de barata, na verdade gratuita.
Um feriado, somos tão ricos destes salpicando em nossos calendários tupiniquins, mas tão escasso em datas providenciais neste ano de 2008.

Quarta-feira, não estou aqui e nem você aí (talvez você nunca tenha estado mesmo)... um feriado no meio da semana, um só dia. Não se pode emendar com seu sábado, domingo, sua sexta ou segunda, tem que se virar com ele!

É aquele dia no meio da semana, como aquele dos tempos do colégio... em que você inventava uma dor qualquer, ou uma febre com um isqueiro e o termômetro pra matar aula. E como uma velha, saudosa e nostálgica, vou aproveitar pra não fazer nada de útil, vou assistir desenho pela manhã (por pior que seja esta safra dos mangás adorados pela nova geração, vou tentar garimpar um scooby-doo, pica-pau, cavalo de fogo, quem sabe tenho sorte) assistir o vídeo show (mesmo de cabelo curto e gordinho, ainda pago pau pro eterno Mocotó, André Marques), vou pular a novela (já são chatas às 18h, às 15h então, nem se fala) e aproveitar pra almoçar alguma coisa com pouquíssima proteína, mas com muita gordura trans, ficar batendo papo no msn, voltar pra frente da tv e assistir a sessão da tarde, emendar com a malhação, no meio de tudo isso zapear alguns outros canais e quem sabe, pra não me sentir tão estúpida, ao final do dia ler mais algumas páginas do livro de Fernando Sabino que já passei da metade.

E pronto, lá se foi o feriado.
E pronto hoje VOCÊ não veio até aqui.
E pronto hoje EU não vim até aqui.

Talvez também não tenha feito nada do que está aí em cima!

E pronto!

terça-feira, julho 08, 2008

De busão

Mais um fim de semana que se foi rápido como a flecha do Robin Hood a roubar o ouro dos ricos e, no meu caso o tempo livre dos pobres. (Se você espera um texto poético, não se iluda!).

Foi o segundo consecutivo em que passei sete horas dentro de um ônibus, mas valeu a pena... a combinação entre Analândia, rever pessoas queridas, doses modestas de birita, um reencontro com os rodeios, muita risada, fugir da programação televisiva, é sempre um bom investimento!

Mas mesmo assim vou reclamar da viagem! Tenho feito muito disso por aqui né? Dane-se!

Estes, relativamente novos, ônibus de viagem com ar condicionado são bem confortáveis quando se fala do acolchoado das poltronas, da geladeira com vários copinhos d’água a sua disposição, dos amortecedores que te protegem dos solavancos de nossas estradas, o filminho de quinta (que distrai)...

Vai uma dica, se o veículo possui banheiro escolha uma das poltronas da primeira metade, vai evitar o odor peculiar a cada abertura de porta... aliás, pra usar aquele banheiro tem que ter o dom, confesso que em anos de uso deste tipo de transporte só me arrisco em último caso (não vou expor detalhes e peço que não use sua imaginação).

Crianças a bordo... oh céus, deveria haver uma lei que proíbe isso, as menores sempre vão no colo dos pais, é incrível como quando não estão na poltrona ao lado da minha estão em uma das outras três opções: frente, atrás ou ao lado aquela depois do corredor sabe? E como choram... quando não choram são mal educadas e/ou hiperativas. Desconfio que aqueles bebês fofos dos comerciais de tv não existem, ou no mínimo não andam de ônibus!

E os bêbados, estes costumam sentar lá no fundo (também um bom motivo para escolha das poltronas da frente), mas quando eu ainda insistia em fazer parte da “turma do fundão” tive que agüentar estas figuras... fétidas, espalhando perdigotos, desafinadas e carentes de atenção. Também deveria haver uma lei que proíbe isso.

Sem falar nas outras figuras, o tiozão sukita (tem de penca), aquele (a) que descobriu o celular e ainda não sabe que toque vai usar, aquela senhorinha que conta a vida inteira desde o nascimento da vó dela, os adolescentes presos no mundo de Raul, Cobain e Legião (a salvação deles chegará em breve), os cantores com fone de ouvido...

Além da barulheira tem o ar condicionado... o motorista, que tem sua cabine exclusiva, anti-ruídos e com janelinha (das antigas, que ainda se pode abrir) não se liga que como se não bastasse o frio que tem feito do lado de fora ultimamente, faz questão de diminuir ainda mais a temperatura do lado de dentro, caramba... juro que pensei estar comprando passagem pra um ônibus de viagem, não pra um frigorífico animado...

E eu? Só queria utilizar estas minhas sete horas (entre ida e volta) pra dormir, afinal a intenção é aproveitar ao máximo o um dia e meio que me restarão da viagem!!!

E mesmo assim está decidido, lá vou eu pra mais uma caixinha de surpresas no próximo fim de semana!

Obs: Ontem foi segunda-feira, com reunião às 8h da matina (ninguém merece), estando com sono em atraso e dentista no final do dia, o mínimo que eu podia fazer era não escrever nada, sendo assim, o fiz!

sexta-feira, julho 04, 2008

Já fui

A parte boa de sair de casa e não fugir de casa é que você sempre pode ligar pra lá reclamando de como é dura essa vida de gente grande.

Não estou falando da parte em que você tem que fazer a sua própria comida, lavar a própria roupa... não, essa é a parte mais fácil da história! Com uma pitada de bom humor dá até pra considerar divertida, nesse ponto, difícil é a escolha dos ingredientes, um erro pode ser fatal!

Nem sempre a culpa do arroz não ficar soltinho é sua... ou ainda aquele amaciante com cheirinho de frutas cítricas que você achou o máximo no mercado, sabe? É, pode fazer com que você se sinta como se tivesse dormindo no pomar a semana inteira. Vai por mim, inovar nem sempre é tão legal assim!

É incrível também como você descobre que o quarto não se varre por iniciativa própria, a cama não sabe se arrumar sozinha, que coisa... eu bem pequena já sabia me vestir, pq a cama não?
Nesse ponto a tv já se vira melhor, com um click e pronto, pode dormir tranquila que ela também saberá a hora de fazer o mesmo.

Putz, pagar contas, não que eu não fizesse isso antes, mas agora ganhei uma pilha nova de papéis pra coleção de responsabilidades... coisa chata isso!

E a dor no bolso então?! Ih, aí é o que pega...

Chato mesmo na história é ter que dividir o seu espaço com outra pessoa que não teve o mesmo tipo de criação, que tem o seu próprio conceito doque é “respeitar o espaço do outro”, que tem as suas próprias manias, caramba... só as minhas manias já preenchem o espaço da casa inteira, não precisava de mais, juro!

“Ado-a-ado, cada um no seu quadrado!” Ah, poesia do funk, tão edificante... hehe

Egoísta, eu? Mimada, eu?
E se for? Me entreguei...
E quer saber, até arrisco um “e que mal há nisso?”

Mas o fim de semana ta aí e como diria Lulu Santos “eu to voltando pra casa”... pelo menos por um fim de semana!

Fase nova, vida nova, aprendizado, muita cara feia e também muita diversão... uma pitada de cada coisa!

Enjoy!

quinta-feira, julho 03, 2008

Pegue a senha

Começo de mês é aquela coisa, fila, fila e mais um pouquinho de fila.
E ainda tem a lei de Murphy que faz questão de se mostrar presente em toda oportunidade que lhe é dada.
Como meu atual trabalho é daqueles em que se cumpre o horário comercial, mas com certa mobilidade... por exemplo a minha uma hora de almoço (ou uma e meia, segundo essa mesma mobilidade) posso fazer a partir das 11h (pra mim isso é horário de café da manhã) até as 14h.
E lá vou eu, geralmente às 13h. Algumas das vezes preciso ir ao banco, pois como geralmente opto pelo uso do cartão de débito nunca tenho um tostão no bolso, e “vamo combiná” que pagar R$ 2,50 no cartão não gera uma boa recepção por parte do comerciante e também nas contas a acertar com o banco posteriormente (acaba saindo mais caro o molho do que o peixe).
E vamos ao caixa eletrônico... é incrível, parece que o todos os correntistas resolvem aparecer bem naquele horário, pois se você passar quinze minutos antes vai ver na fila umas duas ou três pessoas, mas tome “a atitude” de entrar pra ver o que acontece...já colocou um pauzinho dentro do formigueiro? Viu como as formigas ficam alvoroçadas e correndo pra tudo que é lado? Pois é, com a fila quando você toma “a atitude” também é assim, vem gente que você não sabe de que buraco saiu, e o pior, a maioria consegue chegar na sua frente!
Mas a fila não é o único problema, afinal de contas o que há demais em perder 50% do seu horário de almoço, em pé ao lado de pessoas que você não conhece, praticamente ignora e que acordaram todas com o pé esquerdo fazendo questão de te olhar torto e soltar uma reclamação em alto e bom tom a cada dois minutos?
Os demais problemas... os caixas que resolvem não funcionar (sempre tem uns dois que passam atestado de pobreza ou exibem uma imutável tela preta), as filas preferenciais, ah como essas me irritam, não pelos velhinhos, eles eu respeito, mas os portadores de deficiência (exclui-se aqui, aqueles com real necessidade de preferência)... pq uma pessoa que não tem uma das mãos pode furar a fila? Não precisaria da outra mão de qualquer forma, dá pra apertar todos os botões com uma só, são as pernas que ele tem que usar... pra ficar em pé, ali na fila, como todos nós! E os cadeirantes? Já estão sentados, qual o problema em esperar?
Mas não, não é só isso (nesse tom de comerciais de tv norte-americanos mesmo) tem mais... aquelas pessoas que esquecem onde estão, que não tiveram infância ou ainda se mantém em estado retardado da mesma... pensam que o caixa eletrônico é fliperama, ficam lá horas a fio “brincando” e ouvindo os pi-pi-pis, e a maquina ainda põe lenha na fogueira... retire o seu cartão, coloque o seu cartão... pare um pouquinho, descanse um pouquinho... retire o seu cartão!!
Francamente, tem gente esperando... alooo, por incrível que pareça, a gente tem mais o que fazer!!!

Decidi que só encaro essas filas em caso de extrema necessidade, passo a optar pelos horários mais calmos e praticamente perigosos, perto das 22h. O máximo que pode acontecer é que eu seja assaltada, mas aí é outra história...

quarta-feira, julho 02, 2008

Gosta de suas plantas?

Essa nossa mania humana de querer domesticar tudo... desde as pedras e “plim”, olha a roda aí gente!!! (tum-ticum-tum, dum-dum).
Mas vamos às plantinhas...
Tenho lutado para manter quatro vasos de diferentes plantas felizes e contentes, mas tenho perceptivelmente falhado, com exceção de uma (acho que a única que se compadece do meu esforço) todas estão capengas. Poxa, eram tão bonitinhas quando eram jovens vasos recém-chegados há um mês e meio atrás, e olha que já apelei para o uso de fortificante! Mas, como nós, elas têm suas particularidades, necessidades específicas... olha que grande descoberta!!! Dããã isso eu já sabia, o que eu não sei é o que cada uma precisa, quanto elas bebem, quanto se bronzeiam...
Com animais é bem diferente, eles não sabem falar, se bem que desconfio que o meu cachorro saiba e esconde o jogo pq faz parte do disfarce – isso conto outra hora, mas se fazem entender perfeitamente, se ainda tem água no potinho é que precisa trocar ou não estão com sede, se ainda tem comida a mesma coisa, mas aí é fome, se tem que fazer suas necessidades... tem a hora certinha ou aquele tom no latido dizendo “ei, vai ficar aí parada mesmo? Olha que vou fazer na sala” enfim, dá pra perceber.Eles sabem se expressar.
Mas as plantas não, elas simplesmente resolvem, murchar, amarelar, até que um dia você vê que já foi! E nada mais pode ser feito.

Não quero dizer com isso que não gosto de plantas, pelo contrário (pelamor salve a Amazônia) só que não levo muito jeito para cuidar delas, essa falta de interatividade me leva a cometer erros fatais.

Se você gosta de suas plantas então, definitivamente, não me peça para que as cuide!

terça-feira, julho 01, 2008

Interno.

Cedo, cedo, cedo!
Só mais 5 minutos
Tarde, tarde, tarde!

Shhhh..