sexta-feira, outubro 11, 2013

Treze!


Quando decidi largar o emprego antigo não tinha a mínima ideia do que ia fazer da vida, me agarrei a todos os freelas que apareceram... acabei ficando sem férias, pois pintou bastante coisa na sequência (amém).

Mas o fixo também pintou, em fevereiro acabei caindo de paraquedas na Caravana do Esporte, um baita projeto social misturado com documentário.

Eu deveria ter postado mês a mês como fiz com um documentário de 2008 (início do blog), mas como não fiz, isso vai ser muito mais do que um resumo... praticamente uma storyline do que tem sido a minha vida esse ano.

A Caravana está a cada mês em uma cidade diferente nesse Brasilzão... ficamos (equipe de vídeo, produção e montagem) de 8 a 10 dias nas cidades em média.
São montadas cerca de 8 estações de esportes, 1 tenda de dança, 1 de circo e 1 de música. São atendidas 3 mil crianças e 250 professores da região.

Minha primeira caravana (março) foi em Caravelas-BA, também minha primeira vez na Bahia.
A cidade fica longe da capital, fomos pelo aeroporto de Porto Seguro, depois mais 4 horas de estrada.

Um calor gigantesco, praia de água barrenta e quente, muito pernilongo à partir das 17 horas, minha primeira caravana... ainda sem muita noção de como as coisas funcionavam, por isso a impressão não foi das melhores.

Mas a cidadezinha é charmosa, e o ponto positivo da arena é que tinha uma trupe de adolescentes bacanas que nos ajudaram com a criançada!

Depois foi a vez de Belo Horizonte (abril), minha primeira vez na capital... não sei se a região da cidade que fiquei é que era bacana, se o parque (das Mangabeiras) onde montamos a caravana é lindo, ou Tb pq não sofri com calor, a impressão foi a melhor possível, adorei a cidade!

No projeto da caravana tb tem uma noite de circo, o Cirquerê... onde recebemos o Wilson Sideral (irmão do Rogério Flausino), que agitou a galera e o Lô Borges (♪ na janela lateral♫♪♫)... foi massa!

Maio era a vez de Marabá-PA, mas acabou não rolando...

Junho foi a vez de Ladário-MS, a cidade fica ao lado de Corumba (a divisa é uma rotatória).
Lugar do pôr-do-sol mais bonito que já vi na vida. Uma galera bacana nos ajudou na cidade também! Foi bom poder passar por lá... Tb não tava tão quente como costuma ser aquela região.

Calor é uma coisa que não me atrai muito.

Julho voltamos a Minas Gerais, agora em Aimorés... na divisa com Espírito Santo. Chegamos na cidade por Vitória, geralmente 3 horas de viagem até a cidade, mas nossa saga foi diferente pois era período de manifestações e a estrada estava bloqueada por manifestantes. Tivemos que pegar um “atalho” por uma estrada de terra que demorou umas 7, com direito a um pequeno acidente com a van (nada grave).
No fim das contas a viagem foi divertida.

Na montagem da caravana nos receberam com uma equipe muito ponta firme, isso sempre deixa boas lembranças!

Agosto foi a vez de Horizonte no Ceará, fica a 40 minutos de Fortaleza... equipe nota mil Tb nos recebeu. O único ponto negativo da cidade foi o hotel, que na verdade praticamente não tem... ficamos hospedados em Pacajus, 10 km de distância.
 
Na caravana do Ceará tivemos Diogo Silva, Daiane dos Santos, Zezé Sales, Adriana Araújo e Ana Moser (idealizadora da caravana, devia ter dito isso no começo do texto, rs).


Setembro... Minas Gerais mais uma vez, Rio Piracicaba. Friozinho e chuva numa cidade que me fez lembrar a novela “Coração de Estudante”, muito cara de cidade cenográfica do projac, morros em volta, paralelepípedo (fale em voz alta, rápido e 5 vezes seguida) no chão...

E a última foi em Marabá... 35 graus com sensação térmica de 41, derreti!
Apesar do calor, foi bem legal a passagem por lá, deu pra conhecer um pouco da cultura local, a foto abaixo foi tirada na “praia do geladinho”.

Estava uns 800 metros dentro do rio e a água não passava da altura do joelho.
A praia aparece em julho e some em dezembro, quando começa o período de chuva e que eles chamam lá de inverno...


Bom, esse foi o resumão dos lugares por onde andei esse ano.
A próxima caravana vai ser em São Paulo e a de Dezembro em São Luís – MA.

Tchau (por hora) TV.

Foi assim o fim do ano passado, me despedindo de quase 3 anos e meio de casa.
 
Casa que conheci muita gente que vou admirar a vida inteira, gente que vou amar a vida inteira e um número menor de gente que vou levar pela vida inteira.
Os que não quero mais notícias a vida inteira, nem importam.
 
Doloroso e libertador, sair da zona de conforto. Resolver abrir mão de um lugar sem ter nada em vista sempre me pareceu imprudente.
 
Imprudente na verdade é estar infeliz e não mudar por medo. Clichê dizer que a vida vai passando e a gente nem percebe, mas é fato.
 
E no final, tenho muito a agradecer... guardo com carinho a minha passagem pela RedeTV!


Obs: Foto de verdade com a Hebe acabei não tirando, mas a chance de poder vê-la trabalhando não vou esquecer.